segunda-feira, 24 de maio de 2010

Miscigenação

Texto-base: Casa Grande e Senzala - Gilberto Freyre

Aspectos importantes que estruturaram a sociedade brasileira:
  1. Miscigenação
  2. Interligados
  3. Patriarcalismo/ Soc. Patriarcal - Paternalismo
-Gilberto Freyre usa Casa Grande e Senzala como metáfora para entender o universo branco e negro no brasil, mostrando o trânsito existente entre eles. Está é a particularidade da cultura brasileira: relação de proximidade e troca entre as raças. Segundo Freyre, os portugueses ao se entregar em à luxuria com índios e negros

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cultura Brasileira - Nação e Identidade


Testo base: Schnarcz , Lilia. "Raça como negociação" In: Racismo no Brasil
São Paulo: Publifolha,2006.

3 Grandes aspectos : teorias que explicam pelo qual somos por causa da nossa natureza.

  1. Teorias raciais XIX - Natureza
  2. Giberto Freyre - Explica o conceito de cultura pela nossa natureza - ótica diferencial
  3. Sérgio Buarque de Holanda - Explica o conceito de cultura pela nossa natureza - ótica diferencial.

- Teorias raciais do séc. XIX
- A autora demostra como era visto o brasil desde a colonização.
- Ideia de paraíso, edenização, lugar perfeito ( séc XVII )
- Ao mesmo tempo, iam surgindo narrativas que falavam de um anti- paraíso: a terra é boa, mas as pessoas eram degradadas (feitiçaria, canibalismo, lascívia)
- Dai a tentativa dos colonizadores em conter estes excessos.
- Visão pessimista sobre nós: "debilidade" ( atrasado) , "imaturidade" , "degeneração", " "vontades instintivas","fraqueza mental" .: enfim, nunca alcançariamos a civilização.
- Dai vem as teorias raciais do sec. XIX - Biologia, Darvinismo social, Determinismo, isso foi usado para entender o Brasileiro - Laboratório racial
- 1844: IHGB fez um concurso de monografias sobre a identidade brasileira, quem vence é von marthus, com a idéia das 3 raças: branco, negro e índio( uma novidade pois até então o negro era escravizado e o índio não-civilizado).

A identidade do brasil é ser mestiço, uma grande mistura de raças.

  1. O branco é o superior e tem o papel de civilizar o país
  2. O negro tem a missão de ajudar o branco nesse papel ( ajudar sendo explorado).
  3. O índio tende ao desaparecimento, é considerado inferior.
Não existe democracia, a superioridade do branco sempre era exaltada, sendo o negro e o índio considerados entraves, implicitos para a civilização.

Miscigenação - Mistura de raças, mestiçagem.


Teoria de branqueamento da raça - visava isolar e exterminar negros.

Gilberto Freyre é totalmente contra essas teorias e ele vai mostrar aspectos positivos da miscigenação. Ele acreditará que a miscigenação por si só significava a tolerância das raças. E ai vem a noção de democracia racial, a ideia que as raças se dão bem.

Multiculturalismo - Aspectos culturais da globalização


Texto Base : Semprini, Andrea. Multiculturalismo. Cap 2 e 3.


Definição: Seria a Antropologia aplicada na prática pelo Estado. Conceitos de cultura, relativismo, alteridade, usados em políticas culturais feitas pelo Estado.

Quem pratica o Multiculturalismo é sempre o Estado!

Multiculturalismo não é simplesmente o fato de haver várias culturas no mesmo lugar, e sim, a forma como o Estado lida, articula e maneja essas várias culturas, para que todas sejam tratadas de maneira igual.

O mundo Ocidental criou um certo padrão cultural hegemônio e legítimo:
  • Ocidental
  • Branco
  • Homem
  • Cristão
  • Adulto (independência econômica e financeira, e não mais morar com os pais)
  • Heterossexual
  • Saudável
  • Rico
  • Alfabetizado
  • Anglo-saxão (países do norte)

A partir dos anos 1960/70 surge a noção de multiculturalismo na esteira dos movimentos de CONTRACULTURA, que questionavam esse modelo cultural hegemônico e valorizavam grupos que não se enquadravam nesse padrão - > as chamadas MINORIAS ( Não no sentido numérico, mas de hegemonia).

MINORIAS - Mulheres, Negros e Homossexuais.

3 momentos pelos quais as minorias passam:
  1. Reconhecer-se: como diferente e sentir pertencimento (Os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma coletividade na qual símbolos expressam valores, medos e aspirações) com seu grupo de semelhantes.
  2. Lutar po direitos iguais, via mobilização política.
  3. Ainda utópico: depois de conseguidos os direitos, pode-se entrar numa era em que já não é mais necessário marcar as identidades, "levantando bandeiras".


Diferença
Multiculturalismo = integração
Monoculturalismo plural = isolamento

Ações afirmativas são feitas pelo Estado que visam a igualdade de oportunidades e tratamento.
Ex. Cotas raciais em universidades (BR), casamento civil (Gays)


Na realidade temos que ter uma ideia de multiculturalismo como um mosaico, tudo misturado, entretanto é possível distinguir, as diferenças estão todas lá, claramente, sobrevivendo integradas e não caldo cultural que elementos perdem as diferenças, viram uma coisa só.







Identidade e Alteridade

Identidade Cultural - Texto Base: Hall, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.

País - Estado/Identidade/Nação



1. Estado - Unidade Política

2. Identidade

  • Alteridade - É a percepção do diferente , faz com que você identifique melhor sua identidade, sendo essa percepção fundamental para a definição de nossa identidade. A prática da alteridade contribui para a desnaturalização atitudes, crenças, idéias fortes que parecem naturais.

Definição de Estereótipo - Armadilha que se cai quando não se pratica alteridade. Ser Superficial, de fora, prévio e generalizante.

Ex.

Turista - Se mantém no estereótipo X Viajante - Vai além do estereótipo

  • Coletivo / Grupo - Toda cultura é formada por um coletivo, ou seja, um grupo de indivíduos.
  • Pertencimento / Compartilhar - Consumo cultural (Adquirido não somente o produto, e sim, uma idéia, ideologia de vida), Visão Política (Movientos políticos/ conservadorismo/ lberalista), Etnia (Movimentos negros, indígenas etc.) e Gênero( Movimentos gays, feministas etc.).
  • Construído - É contruído, nada é dado.
  • História - Têm um passado em comum / Memória Coletiva
  • Passa por uma ideologia - Adquirem um conjunto de ideias e pensamentos de um grupo de indivíduos.
  • Micro / Macro:

Macro: Sentido amplo de nação - Identidade nacional.

Micro: Pequenos grupos dentro de um país, articulados por comum cultural, visão política, etnia, gênero etc. São multiplos, fragmentados, contraditórias, religiões, tribos urbanas.

  • Comunidade Imaginada : A identidade de uma nação é composta por símbolos, valores e representação, não há nada concreto.

3. Nação - É uma coisa imaginária, uma comunidade simbólica.

Ex. Catalunia ( Espanha ) - apoio popular para separação.

Critérios para definição de um páis

- Língua, Etnial e Religião diferente.



Três Concepções de Indentidade:
  1. Iluminismo - a ideia de que você ja nasce com a identidade , pronto e acabou!
  2. Sociológico (macro) - A identidade é formada aos poucos a partir da interação com a sociedade.
  3. Pós- moderno - A ideia de que somos fragmentados, possuímos várias identidades. Nada é estável, a cada dia uma mudança, hoje você é um, amanhã é outro.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Antropologia - Ciência irmã caçula da Sociologia


Texto Base: Laraia, Roque de Barros - Cultura: Um conceito de antropólogo " A cultura condiciona a visão de mundo do homem"





A antropologia surgiu no final do século XIX, após o surgimento da sociologia e da revolução iluminista. Foi discutida na prática, com os primeiros trabalhos de Franz Boas, conhecido como o pai da antropologia.


Com a colonização* surgiram diversos textos que descreviam terras e povos "descobertos" , podemos citar a carta de Pedro Vaz de Caminha (carta do descobrimento do brasil). Esses textos ajudaram na criação da "teoria do bom selvagem" o qual citava que os indígenas viviam em estado de natureza e que esse estado servira de remédio para os males da civilização. O saber antropólogo sempre esteve presente cronistas, viajantes, soldados, missionários e comerciantes que discutiam, em relação aos povos que conheciam, suas culturas, seus hábitos, a forma como viviam.
Mediante essas descobertas houve o que podemos chamar de Choque Cultural ,deparar-se com o outro, com o diferente, novos valores, formas de se vestir,religiões, comer, jeito de ser. Esse choque ocasionou em tentativas de extermínio de pessoas que eram diferentes, não conseguir conviver com elas, por exemplo, pessoas homossexuais , negras e as que tinham diferentes religiões, ao mesmo tempo surgiu a tentativa de compreender as diferenças, o porque das diferenças, dos homens de todos os tempos e todos os tipo, assim nasceu a Antropologia.


* Colonizar - É ir a um país desconhecido dominar, retirar as suas riquezas , após transformada, a matéria prima é revendida pelos capitalistas por um preço bem maior.





Laraia, Roque de Barros - Um Conceito Antropológico


O Conceito antropológico de cultura passa necessariamente pelo dilema da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. Um dilema que permanece como tema central de numerosas polêmicas e que aponta para a preocupação, há muito presente, com a diversidade de modos de comportamento existentes entre os diferentes povos.
Desde a Antigüidade, foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre os homens, a partir das variações dos ambientes físicos. No entanto, logo os estudiosos concluíram que as diferenças de comportamento entre os homens não poderiam ser explicadas através das diversidades somatológicas ou mesológicas. Tanto o determinismo geográfico quanto o determinismo biológico foram incapazes de resolver o dilema, pois o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado chamado de endoculturação, ou seja, um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.
Da mesma forma, as diferenças entre os homens não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente. A grande qualidade da espécie humana foi a de romper em suas próprias limitações: um animal frágil, provido de insignificante força física, dominou toda a natureza e se transformou no mais temível dos predadores. Sem asas dominou os ares; sem guelras ou membranas próprias conquistou os mares. Tudo isto porque difere dos outros animais por ser o único que possui cultura.
Apesar da dificuldade que os antropólogos enfrentam para definir a cultura, não se discute a sua realidade. A cultura se desenvolveu a partir da possibilidade da comunicação oral e a capacidade de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o seu aparato biológico. Isto significa afirmar que tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura.
A comunicação oral torna-se então um processo vital da cultural: a linguagem é um produto da cultura, mas ao mesmo tempo não existiria cultura se o homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral.
A cultura desenvolveu-se simultaneamente com o próprio equipamento biológico humano e é, por isso mesmo, compreendida como uma das características da espécie, ao lado do bipedismo e de um adequado volume cerebral. Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida, e o faz não através das pressões de ordem material, mas de acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o único possível. A cultura, portanto, constitui a utilidade, serve de lente através da qual o homem vê o mundo e interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Embora nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário ter um conhecimento mínimo para operar dentro do mesmo. Conhecimento mínimo este que deve ser compartilhado por todos os componentes da sociedade de forma a permitir a convivência dos mesmos.
A cultura estrutura todo um sistema de orientação que tem uma lógica própria. Já foi o tempo em que se admitia existir sistemas culturais lógicos e sistemas culturais pré-lógicos. A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence. Todas as sociedades humanas dispõem de um sistema de classificação para o mundo natural que constitui categorias diversificadas e com características próprias.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Conceito de Cultura



Em sociologia I trabalhamos o lado da sociologia pura: focado na política e economia, estuda de uma forma geral a sociedade capitalista, urbanismo, industrial etc.

Já nesta etapa é estudado o lado antropólogo, a ciência preocupada em estudar o homem e a humanidade abrangendo todas as dimensões.

Cultural ( valores, jeito de ser, hábitos,crenças etc)
Particular, diferente, foge à regra, Atenção ao Detalhe (Busca estudar coisas diferentes)
Metodologia (Etno Marketing)
Etnologia/Etnografia
Grupos - Culturais
- Trabalho de campo
- "Observação participante"
- Caderno ou diário de campo ( detalhe )



Conceito de Cultura
Tudo aquilo que não nasce com a gente, tudo que as pessoas aprendem, portanto, pessoas de lugares diferentes possuem culturas diferentes. Nesse ponto de vista até mesmo o Funck carioca pode ser considerado cultura e não só a cultura erudita* como classificamos atualmente. Como exemplo, podemos citar o modo da pessoa sentar, andar etc. O sentimento também é considerado cultura, por exemplo, a Saudade palavra não existente em outros países , os que sabem seu significado tem um jeito único de comportar-se à ela.

* A cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Esta exige estudo, pesquisa para se obter o conhecimento, portanto não é viavel a uma maioria, e sim a uma classe social que por sua vez possui condições para investir nesses aspectos e em fim obter o conhecimento